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Sertões entra no Piaui. Disputa acirra. Carros e UTVs se definem nos segundos

Mais rápidos foram Metge (Motos), Denísio do Nascimento/Idali Bosse (UTVs); Marcelo Gastaldi/Cadu Sachs (Carros) e Manuel Andujar (Quadriciclos). Nesta terça a especial é o ‘Laço do Vaqueiro’.

Diferenças apertadas, duelos emocionantes, especialmente nos carros e UTVs, marcaram a terceira etapa do Sertões 2021. Os competidores deixaram Araripina, em Pernambuco, rumo a São Raimundo Nonato (PI). É o quinto estado percorrido desde a largada, dia 13, em Pipa (RN). Para chegar à cidade conhecida pelas pinturas rupestres e vestígios arqueológicos, foi preciso encarar 220km de uma especial bastante completa, que atravessou a região da Serra da Capivara. Rápida embora sinuosa, exigente e com pedras, lombadas e depressões que surpreenderam alguns competidores. Um dia que premiou o talento, o equipamento e a capacidade de escapar das armadilhas do sertão.

Caso de Marcelo Gastaldi e Cadu Sachs, terceira dupla a vencer nesta edição entre os carros. O piloto radicado no Amazonas trouxe para o Sertões o Buggy Century CR6 com que estreou no Dakar 2021. Depois de um problema na suspensão na primeira etapa, mostra a força do projeto sul-africano com motorização Chevrolet V8. As diferenças entre os três primeiros, no entanto, foram apertadas. Cristian Baumgart/Beco Andreotti ficaram em segundo, a apenas 24s6 com a Toyota Hilux IMA do X Rally Team. A 27s9, os atuais campeões Marcos Baumgart/Kleber Cincea, também com uma Hilux da mesma equipe. Resultado que os mantém na liderança da categoria.

A etapa ainda foi marcada pela participação do cantor Xand Avião, que viveu um dia de piloto no comando de uma Mitsubishi Triton Sport R, ao lado do experiente navegador Marcos Panstein. A experiência conquistou o astro do forró. “Todo mundo tinha que fazer isso um dia. Estou viciado já. Amanhã quero acelerar mais”, disse, já se preparando para mais um dia de velocidade.

Entre as motos, segunda vitória consecutiva do francês Adrien Metge (Yamaha), que segue na missão de descontar a desvantagem para o líder Gregório Caselani (Honda) após a punição sofrida na primeira etapa. Graças ao resultado da véspera, ele foi o primeiro a largar para a especial do dia e fez valer sua navegação. Com isso, já é o terceiro na classificação geral. Caselani terminou o dia em segundo, com Jean Azevedo (também da Honda) a seguir.

O argentino Manuel Andujar (Yamaha) voltou a vencer nos quadriciclos, mas a liderança da categoria segue com Marcelo Medeiros (Yamaha). Apenas 1m03 os separam.

Nos UTVs, a etapa finalmente sorriu aos catarinenses Denísio Nascimento e Idali Bosse (Can-Am). Campeões da prova em 2019, eles tiveram problemas com a famosa ‘peça de cinco reais’ na véspera: um parafuso de uma balança de suspensão. Um começo bastante semelhante ao do ano passado. Mesmo com muita poeira por largar atrás, conseguiram ser os mais rápidos e, se o título da prova se tornou muito difícil, a ideia é se divertir e acelerar no caminho rumo a Tamandaré. Superaram, por mínimos 2s6, Tomas Luza e Ana Paula Franciosi (Can-Am).

A liderança da categoria manteve o sobrenome, mas ganhou nome diferente. Reinaldo pai perdeu Rodrigo Varela, terceiro do dia. Reinado teve problemas com a mangueira da turbina, conseguiu arrumar, mas perdeu muito tempo na especial. Foi ajudado pelo outro filho, Gabriel, que cedeu a peça necessária ao tricampeão mundial para seguir adiante.

Nesta terça-feira a caravana do Sertões segue em São Raimundo, para uma etapa em laço (largada e chegada no mesmo local): o “Laço do Vaqueiro”. Nada menos que 316 quilômetros cronometrados, com apenas quatro de deslocamento. E uma especial completa: pedras, trial, trechos travados, retas mais abertas, trilhas e travessia de serra, com piso de cascalho e piçarra.

O QUE ELES DISSERAM

Marcelo Gastaldi (Carros)

“Especial muito boa, as coisas saíram perfeitas e conseguimos vencer. Tivemos o problema do amortecedor no primeiro dia, talvez uma consequência da minha capotagem no Dakar, mas o carro é sensacional”

Adrien Metge (Motos)

“Foi uma etapa muito rápida, com alguns trechos bem travados. Por ser o primeiro a largar precisei usar muito a navegação mas não errei. Um dia muito bom”.

Manuel Andujar (Quads)

“Me diverti bastante na especial, bastante rápida, com um pouco de areia, procurei mais uma vez manter um ritmo constante. Foi uma pena a punição que recebi na etapa anterior por um erro em um waypoint que eu acredito não ter cometido, mas rally é assim. Vamos em frente”.

Denísio do Nascimento (UTV)

“É uma delícia andar por esses sertões, são especiais abertas, desafiadoras, esse é o tipo de prova que eu adoro, e não falo isso porque venci a etapa. Minha prova está bastante parecida com a do ano passado, quando também tive problemas de cara. Desta vez um parafuso da balança de suspensão, que é a coisa mais simples. O objetivo agora é me divertir e aproveitar o restante do rally. Largamos bastante atrás, tivemos de enfrentar a poeira e não foi fácil ultrapassar, mas o ritmo foi muito bom”.

Rodrigo Varela (UTV)

“Estou vindo no meu ritmo, tocada segura e estou me dando bem. Afinal, esse é o meu 12º Sertões, não tenho mais aquela ânsia de acelerar tudo, é uma prova de longa duração e estamos apenas na terceira etapa. Tem muito rally pela frente”.

RESULTADOS

3ª ETAPA – Segunda-feira 16/08 – Araripina (PE) – São Raimundo Nonato (PI)
DI – 150,51KM TE – 220,22KM DF – 44,95KM = TOTAL: 415,69KM

MOTOS

1) #4 Adrien Metge, (1)MT1, Yamaha WR450F, 3h04min09
2) #7 Gregório Caselani (2)MT1, Honda CRF450RX, 3h07min51
2) #3 Jean Azevedo, (3)MT1, Honda CRF450RX, 3h08min51
4) #5 Túlio Malta, (1)MT2, Yamaha WR450F, 3h09min10
5) #2 Ricardo Martins, (4)MT1, Yamaha WR450F, 3h09min29

UTV

1) #206 Denísio do Nascimento/Idali Bosse, (1)UT1, Can-Am Maverick X3, 3h07min42
2) #216 Tomas Luza/Ana Paula Franciosi, (1)UT2, Can-Am Maverick X3, 3h07min45
3) #205 Rodrigo Varela/Filipe Palmeiro, (2)UT1, Can-Am Maverick X3, 3h10min17
4) #222 Fábio Pirondi/Marcelo Ritter, (2)UT2, Can-Am Maverick X3, 3h10min50
5) #235 Gustavo Zanforlin/André Munhoz, (3)UT2, Can-Am Maverick X3, 3h11min28

QUADS

1) #107 Manuel Andujar, Yamaha Raptor 700, 3h27min08
2) #100 Marcelo Medeiros, Yamaha YFM700R, 3h30min02
3) #101 Rafal Sonik, Yamaha Raptor, 3h38min47

CARROS

1) #373 Marcelo Gastaldi/Cadu Sachs, (1)T1FIA, Buggy Century CR6, 2h58min49
2) #302 Cristian Baumgart/Beco Andreotti, (2)T1 FIA, Toyota Hilux IMA 2021, 2h59min13
3) #301 Marcos Baumgart/Kleber Cincea, (3)T1FIA, Toyota Hilux IMA 2021, 2h59min17
3) #315 Sylvio de Barros/Rafael Capoani, (4)T1 FIA, Toyota Hilux IMA 2021, 3h02min57
5) #304 Adroaldo Weisheimer/Fred Budtkiewitz, (1)T1B, Ford Ranger V8, 3h05min24

CLASSIFICAÇÃO GERAL

MOTOS

1) #7 Gregório Caselani (1)MT1, Honda CRF450RX, 10h47min05
2) #3 Jean Azevedo, (2)MT1, Honda CRF450RX, 10h52min45
3) #4 Adrien Metge, (3)MT1, Yamaha WR450F, 10h56min23
4) #2 Ricardo Martins, (4)MT1, Yamaha WR450F, 10h58min06
5) #6 Júlio Zavatti, (1)MT2, Honda CRF450RX, 10h59min50

QUADS

1) #100 Marcelo Medeiros, Yamaha YFM700R, 11h28min01
2) #107 Manuel Andujar, Yamaha Raptor 700, 11h29min04
3) #101 Rafal Sonik, Yamaha Raptor, 12h15min57

UTV

1) #205 Rodrigo Varela/Filipe Palmeiro, (1)UT1, Can-Am Maverick X3, 10h53min20
2) #201 Denísio Casarini/Ivo Meyer, (2)UT1, Can-Am Maverick X3, 10h54min36
3) #211 Gabriel Cestari/Jhonatan Ardigo, (1)UT2, Can-Am Maverick X3, 10h55min48
4) #250 André Hort/Matheus Mazzei, (3)UT1, Can-Am Maverick X3, 10h56min42
5) #217 Aristides Mafra/Breno Rezende, (4)UT1, Can-Am Maverick X3, 10h57min53

CARROS

1) #301 Marcos Baumgart/Kleber Cincea, (1)T1FIA, Toyota Hilux IMA 2021, 10h17min40
2) #302 Cristian Baumgart/Beco Andreotti, (2)T1 FIA, Toyota Hilux IMA 2021, 10h20min00
3) #315 Sylvio de Barros/Rafael Capoani, (3)T1 FIA, Toyota Hilux IMA 2021, 10h26min24
4) #348 Carlos Ambrósio/Luiz Afonso Poli, (1)OP, Buggy Giaffone V8, 10h31min35
5) #343 Rodrigo Ache/Luiz Felipe Eckel, (1)T1B, Ford Ranger V8, 10h41min41

4ª ETAPA – Terça-feira 17/08 – São Raimundo Nonato (PI) – São Raimundo Nonato (PI).
“Laço do Vaqueiro”
DI – 0KM TE – 316,24KM DF – 4,67KM – TOTAL: 320,92KM

A quarta etapa do Sertões vai de São Raimundo Nonato para…São Raimundo Nonato. Isso porque nesta etapa a prova faz um laço em volta da cidade. Daí o nome de Laço do Vaqueiro. Este nome é uma homenagem aos homens que se assentaram na caatinga brasileira: os vaqueiros nordestinos. Conhecidos pelos seus chapéus característicos, são muito mais do que folclore, pois têm muitas utilidades. Além de proteger do sol, suas abas arredondadas protegem o rosto dos espinhos dos mandacarus; e seu formato de cuia é para poder pegar água para beber dos rios!

Os pilotos deixam o Parque da Vaquejada já em regime de prova. Largam em zona de velocidade controlada até o início da trilha. Esta especial é considerada umas das mais técnicas desta edição. Ao término da zona de velocidade controlada, seguimos por um pequeno trecho de trial com muitas pedras grandes. A prova fica um pouco mais rápida, porém logo a frente volta a ficar bem travada com mais trechos de trial e pedras. Do meio até o abastecimento, volta a ficar rápida com estradas maiores. No último quarto a especial passa por uma serra com trilhas bem estreitas seguindo por longas retas de alta velocidade até o trecho final que será bem travado com muitas erosões e travessias de riachos secos. Piso predominante é de cascalho e piçarra, muitas pedras grandes e pequenos trechos de areia.

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